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Tsunami de Tonga teve efeitos no Rio de Janeiro, diz IBGE
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Terra - Vista aérea de casas cobertas por cinzas em Nomuka, em Tonga
O tsunami provocado pela erupção de um vulcão subaquático em Tonga elevou em oito centímetros o nível do mar na costa brasileira. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Estação Maregráfica do órgão em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, detectou o fenômeno. O registro ocorreu dezessete horas depois do tsunami.
A erupção em Tonga, no Oceano Pacífico, ocorreu no último dia 15. As alterações no nível do mar no litoral fluminense foram percebidas horas depois, às 18h20 pelo horário de Brasília. A elevação foi temporária.
"Houve uma discrepância significativa entre a previsão astronômica de maré e a altura do nível d'água do local", afirmou o engenheiro agrimensor Everton Gomes dos Santos, do IBGE, em nota distribuída à imprensa. "A perturbação temporária foi de 8 centímetros. Logo depois de aproximadamente um dia, os níveis começaram a voltar ao normal."
O IBGE mantém seis estações ativas na Rede Maregráfica Permanente para Geodésia (RMPG) no Brasil. Ficam em Arraial do Cabo (RJ), Imbituba (SC), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Belém (PA) e Santana (AP). O fenômeno não foi identificado nas cinco demais estações, apenas no litoral fluminense.
Segundo o IBGE, as informações produzidas pela Rede Maregráfica são usadas para diferentes fins. São projetos de conservação e ampliação da capacidade de portos e vias navegáveis, além de obras de infraestrutura (portos, rodovias, redes de água e esgoto) em regiões litorâneas. São utilizados também em estudos de possíveis medidas de adaptação e mitigação dos impactos da elevação global do nível do mar.
"No âmbito internacional, a rede contribui para o Programa Global de Observação do Nível do Mar e para o Programa de Alerta de Tsunami do Caribe, da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Unesco, que apresentava significativa carência de informações no Atlântico Sul", comunicou o IBGE, em nota.
A Rede Maregráfica do órgão estatístico já captou anteriormente efeitos de fenômenos semelhantes. Foi assim em 2004, quando um tsunami no Oceano Índico deixou mais de 200 mil mortos. O movimento foi detectado um dia após o incidente. O registro foi feito pela Estação Maregráfica de Macaé, no norte fluminense. Atualmente, está desativada. Os equipamentos registraram também impactos dos terremotos no Chile em 2010.(Terra)
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